Vieiros

Vieiros de meu Perfil


Barcelona

Edición xestionada por Xabier Paradelo
RSS de Barcelona
LIBERDADE DE EXPRESIÓN

Entrevista a Albert Garcia: "... que tivese moito cuidado de a quen e como fotografaba"

O fotógrafo e xornalista enfróntase a un xuízo por mor da cobertura dunha protesta. Unha entrevista de Ângelo Pineda.

Ângelo Pineda - 17:00 11/07/2007

Albert Garcia é um fotografo do bairro de Sants, filiado ao Sindicato de Jornalistas de Catalunha, que colabora com médios como La Burxa, Barrisants.org, El Punt, Vilaweb, Diagonal ou La Directa. O próximo 12 de Julho enfrenta-se a um juizo por coacções, ameaças e danos, a raiz da cobertura dumha protesta contra o acoso ao que estavam sendo submetidos um colectivo okupa e os inquilinos dum prédio por parte da constructora "Integral de Aparcamientos".

O passado 8 de Julho celebrou-se umha rolda de imprensa da campanha "Albert Absolució" na Federaçom de Vizinhos e Vizinhas de Barcelona. A acusaçom baseia-se numha impressom digital que a secçom número 6 da Brigada de Informaçom da Polícia Nacional encontrou numha brochura que se repartia durante a protesta. Para o mesmo dia do juizo às 10:00, os seus achegados convocarom umha concentraçom diante dos Julgados do Penal para reclamarem a sua absoluçom".

Ângelo Pineda: Quais foram as circunstâncias que rodearam a tua detençom o 19 de Maio de 2005?

Albert Garcia: A meiados do mês de Fevereiro de 2004, nom lembro exactamente o dia, houvo umha acçom contra a sede dumha constructora de Sants por umha okupa que havia aqui, no bairro, na rua Masnou. Eu, como em outras acções ou manifestações, estava lá cobrindo a notícia. A acçom consistia em denunciar o acosso, o mobbing, que estavam padecendo tanto os okupas como os alugadores da finca. Quando estava cobrindo a notícia, passaram-me umha brochura que logo atirei no chão. O 19 de Maio de 2005, mais dum ano depois, saio da casa sem aperceber-me de nada, e méia hora mais tarde decato-me de que me estavam a seguir dous polícias a paisana da Brigada de Informaçom; e me detiveram por estes feitos, por ter tocado umha brochura.

A.P.: Detiveram-te por umha impressom digital?

A.G.: Sim.

A.P.: De que se te acusa exactamente?

A.G.: As acusações som coacções, ameaças e danos. A polícia, na altura da minha detençom, solicitava para mim estas três acusações mais a violaçom da propriedade profissional. Porém a juiza de guárdia, no momento da declaraçom, retirou esta última acusaçom.

A.P.: Qual é a petiçom fiscal?

A.G.: A petiçom fiscal é de um ano de prisom por coacções, 8 messes de multa por ameaças e umha indemnizaçom de 660€ por danos. É umha petiçom fiscal desmesuradíssima para o caso que é. Em todo momento pensamos que se arquivaria o caso, que nom chegaria nem a juizo. As perspectivas que temos som um pouco assim... Eu nom quero dizer “ganharemos o juizo com segurança”, porque na altura já deveu ser arquivado. Nom sei... Um juizo é umha lotaria. Depende do juiz que che toque.

A.P.: Qual é o estado actual do teu caso?

A.G.: Até o momento, a polícia apenas apresentou como prova esta impressom digital na brochura que nem aclaram se estava fora, na rua, ou dentro da Seu. Eu em nengum momento subim à sede porque daquela era estudante e nom tinha cartom de imprensa; estivem em todo momento abaixo. É a única prova que apresentaram. Nós, polo contrário, sim que fornecimos muitas provas; como som as cartas de muitos diários confirmando que eu sou colaborador deles, o meu cartom de imprensa conforme trabalho de fotógrafo, La Burxa do mês seguinte onde aparesce publicada a foto daquela acçom... A balança está inclinada cara ao meu lado.

A.P.: Segundo os comunicados da campanha que solicita a tua absoluçom, apresentache umha querela...

A.G.: Apresentei. Para além da investigaçom da Brigada de Informaçom, desde há 7 meses, em Dezembro do ano passado, um furgom dos anti-distúrbios dos Mossos d’Esquadra apresentou-se no meu lugar de trabalho, fizeram-me sair, solicitaram-me o documento de identidade e me começaram a ameaçar; que tivesse muito cuidado de a quem e como fotografava. Além disso, disseram que aproveitariam a visita para denunciar-me por “insultos”. Nom lhe dim importância. É claro que é importante, mas quis deixar o assunto a um lado. Porém em Fevereiro deste ano, no mesmo sítio, quando me dispunha a entrar no trabalho, parou-me o mesmo furgom de anti-distúrbios. Desta vez, a sua postura foi muito mais violenta. Cachearam-me e me registaram todo. Embora nom estava ofercendo nengum tipo de resistência, atiraram-me contra o furgom, imobilizaram-me... Tudo foi para evidenciar-me diante do trabalho, tanto a primeira como a segunda vez. A partir esta segunda vez, decidim denunciar. Querelei-me por vexações e coacções.

A.P.: Desde entom...

A.G.: Desde entom, desde que medrou a campanha e saiu a data do juízo, põem-me mais impedimentos na hora de cobrir as informações, retêm-me todo o tempo que querem quando tenho que apresentar o documento de imprensa, que em teoria só tes que apresenta-lo e já está... Nom me facilitam o trabalho, nom me dam as facilidades que brindam a qualquer outro médio. A La Vanguardia, por exemplo.

A.P.: Recebeche o apoio dos companheiros de profissom?

A.G.: Recebim. A campanha de solidariedade com o meu caso, umha das tarefas que realizou é apanhar adesões ao comunicado, tanto de particulares como de profissionais. Neste momento, devem de haver um centenar de adesões das quais, 40 ou 45 som de profissionais da comunicaçom, tanto jornalistas como fotógrafos.

A.P.: Recebeche o apoio dos médios de comunicaçom para os que trabalhas?

A.G.: Dalguns... De todos, nom.


4,69/5 (13 votos)


Sen comentarios

Novo comentario

É preciso que te rexistres para poder participar en Vieiros. Desde a páxina de entrada podes crear o teu Vieiros.

Se xa tes o teu nome en Vieiros, podes acceder dende aquí: