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PARA QUE SERVE O ESTADO? Comentários a um artigo de LVG

Leio hoje em LVG um artigo do Barreiro Rivas, que passo a Galego:

A TORRE VIGIA : Balada triste para um meninho obeso
Sábado 31 de octubre de 2009

O que fizeram os serviços de menores da "Xunta", que depois ratificou o juiz, é, por cima de qualquer consideração jurídica, uma desmesura, uma falta de humanidade e uma cortina de fume sobre os falhos encadeados do sistema. E, longe de nos dar tranquilidade e sossego relativamente às intervenções protectoras do Estado, deveria advertir-nos dos extremos a que a nossa dignidade pessoal e familiar pode estar em mãos de funcionários irresponsáveis e ignorantes.

Ao agirem como agiram, tanto a "Xunta" quanto o juiz, dão a entender que a pátria potestade e a tutela sobre os filhos são como a cédula de conduzir, que se pode retirar quando, em vez de circularmos a 50 km/h, imos a 80. E isso, que pode ser legal - e sobretudo neste tempo prenhe de formalismos, em que a virtude e a justiça se confundem com a lei -, é um grave atentado contra os direitos humanos, com independência de que os probos juízes o digam assim, ou o contem - como tantas vezes - exatamente ao invés.

Não quero ocultar-lhes que, apesar de falar com tanta veemência, não ignoro que esta batalha a tenho perdido. Porque longe de estar ante um facto isolado, ou ante uma prática rejeitada pela sociedade, estamos ante as consequências mais daninhas de uma cultura em que a justiça só se faz com punições e tutelas gravosas, a autoridade se confunde com a dramatização do poder e da força, a eficiência significa «tirar palante y mañana ya veremos», e a familia se considera um espaço de risco e irresponsabilidade - com mais ocasiões para ofender do que para amar - que apenas o Estado pode corrigir com mecanismos penais cada vez mais inseguros, mais elementares e mais trapalheiros.

Para que um meninho de nove anos chegue a pesar setenta quilogramas, tiveram de produzir-se graves deficiências na esoela, nos serviços de saúde, nos sistemas assistenciais dos concelhos e até nos modelos publicitários. E para concluir que os pais são os únicos responsáveis desse processo, e de que não há mais solução que lhes retirar meninho "manu militari", deve haver uma Administração suficientemente soberba para supôr que o que eles não souberam fazer, deveram tê-lo feito os pais.

Lívre-me Deus de dizer - só faltaria! - que a obesidade mórbida não deve ser atendida. O que digo é que a "Xunta" e a Justiça não podem entrar nestes temas como elefantes em olaria; que tem de haver mil maneiras de solucionar este assunto sem recorrer a tão injusta desmesura, e que é uma cobardia resumir todos os falhanços do sistema num matrimónio pobre e cigano. Porque, digam o que disserem, o cheiro a discriminação se torna insustentável.
http://www.lavozdegalicia.es/opinion/2009/10/31/0003_8074275.htm
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COM.- Concordo com quase tudo o que expõe e explica O Barreiro Rivas. E penso que se poderia estender a mais atuações administrativas.

Para além, integrado o "gobiernícolo" da "Xunta" por gente totalmente liberal... que totalmente, totalitariamente liberal, atuações como a discutida e outras mais carecem de sentido. Opino.

Enviada por AGIL AGIL o 31/10/2009 19:02

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