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Vídeo-entrevista a Artur Anselmo da ACL (PGL-AGLP)

«A língua não é de ninguém, é de todos»

Segunda, 14 Dezembro 2009 00:00


PGL / AGLP - Artur Anselmo é Presidente da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da Academia das Ciências de Lisboa. Alto-minhoto de família originária da Galiza, e alto-alentejano pelo lado paterno, tem lecionado Língua, Literatura e Cultura Portuguesa, assim como Cultura Clássica, Semiologia e História do Livro, em universidades da Europa e do Brasil. Uma das suas obras mais conhecidas As Origens da Imprensa em Portugal (1981).

Nesta entrevista realizada por Diego Bernal, do Portal Galego da Língua, salienta a posição da ACL entre as mais antigas academias europeias (1779), tendo o papel mais importante na preservação da língua. Inclui as classes de Ciências e Letras, sendo instituição de referência que o governo deve consultar nos assuntos da língua. A presidência da ACL corresponde anualmente, de forma alternativa, aos presidentes das classes de ciências e de letras.

A Classe de Letras da ACL

A função principal da Classe de Letras é a edição de glossários, vocabulários e dicionários que permitam atualizar constantemente a língua. Diz Anselmo que “o trabalho do lexicógrafo não se restringe à simples indicação descritiva das palavras: ele tem de registar também as alterações de sentido”. Deve atualizar-se constantemente a língua, com contribuições de uso generalizado e corrente que mereçam ser introduzidos nos dicionários.

Neste sentido, indicou que a terceira edição do Vocabulário Ortográfico da ACL está prevista para breve, e terá entre 60 e 70 mil entradas, dando continuidade à tradição da academia portuguesa. Regista “as palavras de uso corrente e generalizado, nem arcaísmos nem neologismos que tanto entram na língua, como saem”.

Continua o professor indicando que “a língua não é de ninguém, é de todos”. “Todo o que seja visões estáticas, tentar conter a língua em barreiras, prisões... é uma atitude anticientífica”.

A posição dominante do inglês

Lamentou o professor a posição dominante do inglês, como segunda edição do que aconteceu com o latim dos Romanos. Rejeita “a ideia da imposição de uma língua única ao mundo”, lamentando o declínio de certas línguas da Europa, como o francês. Considera que o inglês está a ser usado, em determinados âmbitos, de forma desnecessária, o que resulta num empobrecimento.

Enviada por OBSERVADOR OBSERVADOR o 14/12/2009 11:51

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