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ALKATIRI CONFIA QUE XANANA RESPEITE CONSTITUIÇÃO

Primeiro-ministro timorense denuncia tentativa de golpe de estado

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, afirmou, este sábado, em Díli, que está em curso "uma tentativa de golpe de Estado", acrescentando estar confiante que o Presidente Xanana Gusmão "não deixará de respeitar a Constituição".

- 09:55 29/05/2006
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"Está em marcha uma tentativa de um golpe de Estado", declarou o chefe do Governo timorense numa conferência de imprensa na capital.

"Contudo, estou confiante que o senhor Presidente da República, com quem tenho mantido contacto, não deixará de respeitar a Constituição da República Democrática de Timor-Leste, que jurou cumprir", disse. "E não esquecerá nunca os interesses do povo de Timor-Leste, pelos quais todos lutámos durante 24 anos e milhares de irmãos deram a vida", acrescentou em seguida.

Referindo-se ao pedido de apoio internacional solicitado pelas autoridades timorenses, Alkatiri confessou que foi uma medida "muito ponderada", que teve na sua essência "a vontade inequívoca do Governo de travar a onda de violência, evitando mais derramamento de sangue".

A missão de "restabelecimento da ordem pública" está a cargo da Austrália e da Malásia, como ficou acordado nas conversações entre os países. Para Timor-Leste também já seguiram os primeiros três elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) que o Governo português decidiu enviar na sequência do apelo lançado pelas autoridades timorenses e que vão ajudar na manutenção da ordem.

Na próxima quarta-feira parte para o país o primeiro pelotão de 40 elementos da companhia da GNR. Ao todo, são 120 os elementos que estarão no terreno em Díli "até 23 de Junho", segundo o calendário avançado pelo Executivo português.

Os militares australianos estão desde sexta-feira a patrulhar o perímetro de segurança. "Hoje também os da Malásia", observou o primeiro-ministro-timorense, explicando que esta zona de intervenção das forças internacionais definida pelo Governo de Díli, em coordenação com o Presidente da República, está a ser operacionalizada pelos comandos das Forças de Defesa de Timor-Leste, australiano e malasiano.

"Em primeiro lugar esperamos que esta intervenção ponha termo à violência que temos vivido nos últimos dias. Isto demorará o seu tempo", reconheceu o chefe do Executivo timorense. "Os militares e os polícias estrangeiros acabaram de chegar e começam agora a tentar controlar Díli, uma cidade que ainda não lhes é familiar", observou.

Mari Akatiri assegurou que grande parte da violência ocorrida na capital de Timor-Leste nas últimas horas "já não está relacionada com um problema muito grave que se traduziu em confrontos entre as Forças de Defesa e alguns elementos da Polícia", antes se tratando de "uma violência derivada da acção concertada e oportunista de grupos de marginais, que têm pilhado e queimado casas e haveres", frisou.

"As forças internacionais têm recebido indicações da parte do Governo para porem termo a estes incidentes. Aguardamos que em breve se possa dizer que já controlam a situação, revelando eficácia nas suas acções", declarou ainda o primeiro-ministro timorense, sublinhando que o seu Executivo "em momento algum deixou de trabalhar".


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