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Génese do actual nacionalismo constitucional espanhol. Sobre as origens do artigo 2.

Génese do actual nacionalismo constitucional espanhol. Sobre as origens do artigo 2.

Seguindo os trabalhos da "ponencia" constitucional, no primeiro rascunho da constituição espanhola podia ler-se: “La Constitución reconoce y la Monarquía garantiza el derecho a la autonomía de las diferentes nacionalidades y regiones que integran España, la unidad del Estado y la solidaridad entre sus pueblos”.

Nem aparece menção nenhuma à nação espanhola.

Depois, no anteprojecto punha: “La Constitución se fundamenta en la unidad de España y la solidaridad entre sus pueblos y reconoce el derecho a la autonomía de las nacionalidades y regiones que la integran”.

Nas emendas tanto os que defendiam que ficasse o termo nacionalidade (PSOE, PCE, PNV, CIU, ERC, parte da UCD) como outros que queriam bani-lo do texto (AP) consideravam que nacionalidade equivalia a nação.

Na discussão das emendas, presidindo Jordi Solé Tura a comissão constitucional, que era de turno rotatório, chegou um mensageiro com uma nota que, procedente da Moncloa lhe foi entregue ao presidente. Nessa nota havia um texto que especificava qual deveria ser a redacção do artigo 2. O texto proposto –imposto- dizia: “La Constitución española se fundamenta en la unidad de España como patria común e indivisible de todos los españoles y reconoce el derecho a la autonomía de las nacionalidades y regiones que integran la indisoluble unidad de la nación española”.

Como se pode ver, o texto da nota manuscrita coincidia quase exactamente com o texto vigente: “La Constitución española se fundamenta en la indisoluble unidad de la nación española, patria común e indivisible de todos los españoles, y reconoce el derecho a la autonomía de las nacionalidades y regiones que la integran y la solidaridad entre todas ellas”.

Assim temos pois que o artigo 2 da Constituição espanhola é produto duma imposição extraparlamentar, quase seguro de origem militar. Isto explica que todas as emendas de AP à margem do consenso inicial neste artigo fossem aprovadas.


Bibliografía:
Xacobe Bastida Freixedo, “La senda constitucional. La nación española y la constitución”, dentro do livro “Nacionalismo español. Esencias, memorias e instituciones”, dirigido por Carlos Taibo, Catarata. Madrid, 2007, págs. 119-122

Jordi Solé Tura, “Nacionalidades y nacionalismos en España. Autonomías, federalismo, autodeterminación”, Alianza, Madrid, 1985, pág. 100

Enviada por placidinho placidinho o 07/12/2009 10:12

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