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"Maketa" na minha Terra

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"Maketa" na minha Terra

Traduzo o artigo «Maketa en mi tierra», de Alizia Stürtze ( http://lahaine.org/sturtze/maketa_tierra.htm ), que oferece perspetivas conhecidas, mas com frequência esquecidas ou deixadas de lado: O reino de España agiu em todo o território "nacional" mais ou menos do mesmo modo contra as Comunidades Linguísticas não castelhanas para as exterminar:

«Discriminaram-me desde menina. Na minh casa jamais pude ouvir uma palavra de euskara. E é que minha "amona" materna, com quem me criei, obrigada nos inícios do século a abandonar o "caserío" familiar de Alzaga para vir trabalhar de "neskame" a "San Sebastian", foi desprezada pela estúpida pequena burguesia donostiarra, comerciante e provinciana (ainda que com complexo de "cosmopolita"); essa fez-lhe sentir a sua inferioridade por não saber castelhano. Minha "amona", envergonhada, abandonou o euskara para sempre e junto con ele as suas origens, esse conjunto de aspetos culturais e emocionais que constituem o eixo de toda a pessoa como ente individual e social. Como tantos e tantos povos e grupos sociais de segunda ao longo dos séculos, minha "amona", junto doutros muitíssimos euskalduns foi discriminada e desprezada na sua própria terra, por não conhecer a língua do império, amostra terminante de nível cultural e, portanto, de estatuto social.

»A história é terminante nisto. Já desde a Idade Média, as classes poderosas veiculizaram o seu domínio através do castelhano, impedindo assim o desenvolvimento culto do euskara. Para ser escribão, para ocupar qualquer cargo público, era preciso o conhecimento falado e escrito do espanhol (nunca do euskara), com o que isto acarretava de clara discriminação da grande maioria da população autóctone. Com o surgimento de uma burguesia industrial moderna isto não faz mais do que se confirmar: a nova classe hegemónica, necessitada de Madrid para estabelecer a primazia económica, constituiu-se en bastião dos valores culturais dessa enteléquia que é "España". O euskara jamais foi, como pôde ser o catalão na Catalunha, veículo da exploração dessa classe burguesa sobre as vagas de imigrantes do Estado. O "maquetismo", a discriminação dos "belarri motxas" foi uma exageração do PSOE que, desde a sua criação na margem esquerda, estabeleceu o domínio político mais na espanholidade, no "gran nacionalismo" espanhol, quer dizer, em potenciar as diferenças, em estabelecer o abismo entre as comunidades autóctone e forânea, em turvar as relações entre ambas, do que em defender revolucionariamente os interesses de uma classe operária constituída por ambos os grupos.

»Agora que o agressivo espanholismo decimonônico volta a estar "de moda", seria de agradecer que desde essa clase intelectual tão "europeia" e/ou "universal" surgida ao abrigo dos milhões da UPV, fosse realizado algum esforço para desfazer para sempre esses ressessos e mentireiros tópicos que "justificam" a nossa repressão como povo e fosse reconhecido o que historicamente é inegável: o Povo Basco, quer dizer, a grande maioria trabalhadora, foi tratado de "maketo" na sua terra, entendido o termo com toda a carga despetiva que lhe dá o PSOE quando quer fazer-se com o voto imigrante. O nacionalismo basco sempre foi defensivo e nunca agressivo como o espanhol.»

Enviada por AGIL AGIL o 24/06/2009 12:03

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